Manuel Araújo Porto-Alegre produziu diversas litografias satíricas.
A primeira, publicada no dia 14 de dezembro de 1837, foi “A campainha e o cujo”, considerada até hoje o primeiro cartum do Brasil. Mas os brasileiros só “descobririam” a HQ, efetivamente, trinta e dois anos mais tarde – e por intermédio de um italiano.
|
Primeiro cartum brasileiro, datado de 1837. |
Angello Agostini, portanto, foi o primeiro a publicar no Brasil uma HQ sequencial e com protagonista – “As aventuras de Nhô Quim”, que teve nove capítulos. Só que o
boom dos quadrinhos ocorreu mesmo com o surgimento do
Suplemento Juvenil, que fomentou a criação de suplementos similares, como o
Globo Juvenil, O Mirim, O Gibi, dentre outros. Neste cenário surgiu “Roberto Sorocaba”, desenhado por Monteiro Filho.
Na produção brasileira de HQ, em geral, fica fácil perceber a influência dos quadrinhos norte-americanos. Repare, por exemplo, nas semelhanças nada sutis entre os heróis “Tocha Humana” e “Bola de Fogo”.
|
Tocha Humana e seu "irmão gêmeo" brasileiro, Bola de Fogo. |
Em contrapartida, “A Turma do Pererê” emanou brasilidade. Ela foi a primeira revista de HQ brasileira feita por um único autor – ninguém mais, ninguém menos que Ziraldo. O personagem principal Pererê é, obviamente, inspirado na figura folclórica do saci, assim como os demais personagens da turma também têm características bem brasileiras – na verdade, a natureza deles, por si só, já simboliza o País.
|
"A Turma do Pererê", uma HQ bem brasileira. |
Bom texto, mas vale links para os personagens citados. Por exemplo, quando você diz "Repare, por exemplo, nas semelhanças nada sutis entre os heróis “Tocha Humana” e “Bola de Fogo"", a gente fica sem saber, pois não há imagens.
ResponderExcluirAh, evite exclamação.
ResponderExcluir